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O ranking global 2023 da Times Higher Education (THE), anunciado na semana passada, confirma a UFMG como uma das cinco melhores instituições de ensino superior e uma das três melhores federais do Brasil, com destaque para a evolução positiva da reputação do seu ensino (de 33,3 para 34,2) e de sua pesquisa (18,8 para 19,1), ascensão que já havia sido detectada na edição regional (América Latina) do levantamento, divulgada em julho, na qual a UFMG aparece entre as 10 melhores universidades da região. “Todas as avaliações – sejam aquelas organizadas por agências internacionais, como a própria THE e a Quacquarelli Symonds (QS), sejam as patrocinadas por organismos oficiais nacionais, como o Inep – atestam a nossa consistência. Não pautamos a nossa atuação por rankings, até porque temos nossos mecanismos de autovaliação. Esses rankings, com contextos específicos e vieses distintos, dão visibilidade ao trabalho aqui realizado e apontam para a necessidade de uma reflexão sobre os mecanismos de avaliação e suas consequências que são úteis para a instituição”, explica a reitora Sandra Regina Goulart Almeida. Sandra Goulart Almeida destaca que o novo ranking é divulgado em um momento em que são impostos às universidades públicas severos cortes orçamentários. “O orçamento da UFMG em 2022 está no mesmo patamar do de 2008, antes, portanto, da implantação do projeto de expansão das universidades federais. Somos hoje uma universidade maior, mais inclusiva e melhor, como confirmam os rankings. Por ora, conseguimos manter a excelência de nossas atividades, mas, se esses cortes se mantiverem, tudo o que foi construído neste século está ameaçado”, adverte a reitora. Indicadores A edição 2023 do THE global baseia-se em 11 áreas temáticas, que medem o desempenho das instituições em cinco indicadores. Teaching (Reputação do ensino) Research (Reputação da pesquisa) e Citations (Índice de citações acadêmicas) têm o mesmo peso (30%), alcançando 90%. Os outros 10% estão distribuídos entre Internacional outlook (Internacionalização da universidade), que tem peso de 7,5%, e Industry income (Captação de recursos financeiros da indústria feita pela universidade), com 2,5%. No levantamento de 2023, que reúne dados de 2021, foram registradas variações que são próprias desse ranking. A UFMG, que em 2020 tinha ficado na terceira posição entre as universidades brasileiras, agora aparece na quinta posição – no âmbito global, ela passou a figurar no grupo 801-1000. De acordo com o pró-reitor de Pesquisa, Fernando Reis, essa variação, considerada normal, é reflexo da entrada de um grande contingente de novas universidades nos últimos anos. Nesta edição, foram 1.799 instituições ranqueadas – em 2020, eram 1.400. “A posição das universidades nesses grupos é bastante influenciada pelo número de instituições avaliadas. Se muitas instituições são incluídas em um determinado ano, é natural que algumas das novatas entrem na sua frente em determinados quesitos, fazendo variar as classificações”, explica o pró-reitor. “E são faixas que podem mudar com base em índices decimais. Portanto, isso não é o mais relevante. O que realmente importa é entender a tendência das nossas notas ao longo do tempo, que é uma forma de observar como evoluímos em relação a nós mesmos”, destaca o pró-reitor. Internacionalização é a chave Conforme explica Fernando Reis, o índice “internacionalização” do ranking THE é formado por três fatores: a quantidade proporcional de estudantes estrangeiros no corpo discente, a quantidade proporcional de professores estrangeiros no corpo docente e a colaboração internacional estabelecida pela Universidade. Ocorre que, em razão da especificidade das universidades brasileiras, que precisam dedicar-se de forma particular a seus mercados internos docente e discente, elas sempre batem em uma espécie de teto baixo nesses dois primeiros quesitos, se comparadas às universidades dos Estados Unidos e da Europa. “Em geral, nenhuma universidade brasileira passa de 3% de estrangeiros, em razão dessa especificidade de sua missão. Contudo, o terceiro fator, que é a colaboração internacional, é uma área em que a UFMG apresenta bom desempenho e tem condições de seguir crescendo”, avalia Fernando Reis. “E uma coisa implica a outra: quanto maior a colaboração internacional de uma instituição, mais ela é lembrada nas dimensões ensino e pesquisa, gerando uma perspectiva de ‘ganha-ganha’. A internacionalização é, portanto, a chave para seguir crescendo”, afirma. ‘Fotografia estática’ O pró-reitor argumenta, ainda, que o ranking ora divulgado é uma “fotografia estática” de um filme de cinco anos que cobre o período 2017-2021. “O que os números mostram considerando-se esse intervalo? Mostram que a nossa reputação (ensino e pesquisa) subiu com consistência nos últimos anos e agora caminha para a estabilidade. Já as citações de nossos trabalhos estão flutuando: subiram muito em anos anteriores e caíram nos últimos, ao passo que a nossa internacionalização está estável, e a captação de recursos financeiros da indústria praticamente não mudou. A partir disso, vislumbramos um caminho de melhora para aumentarmos a visibilidade dos nossos trabalhos”, discorre. “Pela via da internacionalização, poderemos crescer ainda mais em duas variáveis fundamentais: a reputação e a visibilidade da nossa produção científica. Estamos trabalhando para isso em várias frentes: na Pró-reitoria de Pesquisa, na Diretoria de Relações Internacionais e na Pró-reitoria de Pós-graduação. Queremos criar melhores condições de intercâmbio de pessoas e de colaborações em projetos internacionais, pois isso vai refletir em tudo – inclusive nas citações, pois trabalhos produzidos junto com pesquisadores estrangeiros são muito mais citados”, explica. Fonte: ufmg.br
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